A revista Media & Jornalismo acaba de publicar um número especial centrado nos jovens e nos contextos de cidadania digital. Maria José Brites, PI do YouNDigital, e Teresa Sofia Castro, co-PI, são editoras do número ao lado de Paloma Contreras-Pulido (Universidade Internacional de La Rioja).
Intitulado “Perspetivas dos jovens sobre o mundo que os rodeia e contextos de cidadania digital”, o número reúne artigos de diferentes temas e geografias. Entre os artigos publicados no número especial e na secção Varia, estão três que apresentam resultados do YouNDigital. A bolseira de pós-doutoramento do projeto, Mariana Scalabrin Müller, assina o artigo “Além do consumo noticioso: o papel da televisão nas audiências jovens em Portugal”. Já as investigadoras Carla Sousa e Ana Filipa Oliveira, são as autoras, ao lado de Cátia Casimiro, João Léste e Havva Yaman, do artigo “Explorando o Impacto da Aprendizagem Baseada em Jogos na Literacia de Notícias e na Cidadania Digital das Pessoas Jovens”. A bolseira Margarida Maneta assina o artigo “Jovens e consumo mediático: uma análise comparativa entre desertos e não-desertos de notícias em Portugal” ao lado de Luísa Torre, Alexandre Rodrigues, Inês Amaral e Pedro Jerónimo. As editoras do número especial, Maria José Brites, Teresa Sofia Castro e Paloma Contreras-Pulido, abrem o número especial com a introdução “Perspetivas dos jovens sobre o mundo que os rodeia e contextos de cidadania digital”.
O projeto YouNDigital (PTDC/COM-OUT/0243/2021) é parceiro da iniciativa, assim como o projeto “i-Tech Families: empowering parents and children for a digital future” (PTDC/COM-2022.00105.CEECIND/CP1760/CT0001). A iniciativa também contou com a articulação das secções de Audiences and Reception Studies e Children Youth and Media, da ECREA, e do Grupo de Trabalho de Públicos e Audiências, da SOPCOM.
O número especial está disponível para leitura aqui.
Saiba mais sobre os artigos publicados:
“Perspetivas dos jovens sobre o mundo que os rodeia e contextos de cidadania digital”, de Maria José Brites, Teresa Sofia Castro e Paloma Contreras-Pulido – Neste artigo, as autoras reúnem uma série de referências fundamentais para a reflexão acerca dos desafios que se colocam ao jornalismo e ao ecossistema noticioso atualmente, especialmente em relação ao contexto digital. Destaca-se, ainda, a importância de investigar e refletir acerca dos interesses e expectativas dos jovens face aos media. São também apresentados os artigos que compõem o número especial em questão.
“Além do consumo noticioso: o papel da televisão nas audiências jovens em Portugal”, de Mariana Scalabrin Müller – O artigo explora a relação entre a televisão e os públicos jovens (dos 15 aos 24 anos) em Portugal, num contexto de crescente ascensão dos meios digitais. Através da análise de dados provenientes de um inquérito online a 1362 participantes e de 42 entrevistas semiestruturadas, os jovens são categorizados em sete perfis baseados nos seus hábitos de consumo televisivo e perspetivas críticas.
“Explorando o Impacto da Aprendizagem Baseada em Jogos na Literacia de Notícias e na Cidadania Digital das Pessoas Jovens”, de Carla Sousa, Ana Filipa Oliveira, Cátia Casimiro, João Léste e Havva Yaman – O artigo apresenta uma Revisão Sistemática da Literatura que visou explorar o potencial impacto da Aprendizagem Baseada em Jogos (ABJ) na compreensão e no envolvimento dos jovens com o consumo noticioso e a cidadania digital, particularmente no contexto da diversidade societal e cultural. Através da seleção e análise sistemáticas de uma amostra de 33 estudos, foi possível sustentar o papel significativo da ABJ no reforço da literacia de notícias e das competências de cidadania digital.
“Jovens e consumo mediático: uma análise comparativa entre desertos e não-desertos de notícias em Portugal”, de Luísa Torre, Alexandre Rodrigues, Inês Amaral e Pedro Jerónimo – Este artigo procura compreender como é que a (in)existência de jornalismo regional impacta o consumo mediático dos jovens residentes em Portugal, com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos. Através de uma abordagem quantitativa e comparativa, operacionalizada a partir de um inquérito por questionário, os resultados apontam para poucas diferenças significativas entre o consumo mediático, protagonizado por esta audiência, fora e dentro dos desertos de notícias no país.